Por: Marisa Fernandes
15/01/2009
Como cidadã deste país e membro de um futuro que se avizinha sombrio sinto-me no direito de expor a minha opinião acerca do estado deste nosso país. Em primeiro lugar, questiono-me acerca das tão polémicas obras públicas que muito têm dado que falar mas que nunca se chega a nenhuma conclusão. Não digo com isto que se deva esquecer o interior que há muito necessitava de acessos apenas agora projectados ou construídos, falo de um TGV, ou de uma OTA… Será mesmo necessário “deitar abaixo” o dinheiro do Estado em obras que, na minha singela opinião, não são de extrema importância (já temos três aeroportos)?
Uma boa forma de conseguir a maioria absoluta (que tanto quer) não será satisfazer as verdadeiras necessidades dos seus compatriotas?
Começando talvez pelas realidades que o senhor não vê, pois quando sai à rua o país praticamente pára para que não lhe falte nada e não tenha contacto com o verdadeiro Portugal. Por todo o país existem pessoas a receber subsídios; será que todas essas pessoas necessitam mesmo desses subsídios? É verdade que existe desemprego mas também é verdade que existe pessoas para quem o conforto do lar e o dinheiro dos contribuintes ao fim do mês é a melhor forma de viver. E os empréstimos a fundo perdido? Onde estará o dinheiro? As empresas continuam a fechar e o desemprego a aumentar. Então mas esses fundos não eram para ajudar a combater a crise? Os professores continuam insatisfeitos, ao contrário do que se diz não por causa da avaliação mas por causa da forma de avaliação, docentes a avaliar docentes? Será esse o método mais correcto? Algumas instituições continuam a comprar carros topo de gama; estamos ou não em contenção de despesas? Ou será que isso só para alguns bolsos? O Senhor Primeiro Ministro sente a crise? Tem que abdicar de alguma coisa porque o seu salário não lhe permite obter o que deseja? Poderia enumerar mais uns quantos exemplos da realidade do país em que vivemos e não o que o Governo pinta como sendo o país das maravilhas, em qual poucos já acreditam.
Como reagiriam os nossos antepassados a esta situação? Fariam promessas que não poderiam cumprir ou lançavam-se ao mar para mais uma vez dobrar o cabo das tormentas?
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